Exposição "Jorge de Almeida Monteiro: pela arte e património da Nazaré"



Em colaboração com o Museu Municipal do Bombarral, o Museu Dr. Joaquim Manso tem patente ao público uma exposição evocativa de Jorge de Almeida Monteiro (1908-1983).

Artista natural do Bombarral, iniciou a sua formação na Escola Industrial e Comercial das Caldas da Rainha.
Mas, cedo dedicou grande afeto à Nazaré, onde residia na “Vivenda Atalanta”.

Próximo de artistas e intelectuais de ambiente marcadamente neorrealista, traz Júlio Pomar à Nazaré, no outono de 1951.
Dedicou-se sobretudo à cerâmica e ao cobre martelado, deixando ainda assinalável trabalho na gravura, onde manchas negras dão corpo a gentes e cenários do trabalho piscatório nazareno.

A sua sensibilidade levou-o também a desenvolver um gosto especial pelo património cultural, nomeadamente pela arqueologia, tendo participado nas campanhas dos anos 1970 em D. Framondo e S. Gião. Desempenhou ainda um papel relevante na organização do Museu da Nazaré.

Esta exposição mostra, pela primeira vez na Nazaré, os trabalhos do autor pertencentes ao Museu Municipal do Bombarral, numa seleção de trabalhos relacionados com a temática marítima.
Local: Museu Dr. Joaquim Manso
Data: 26 de março a 5 de maio, no horário de abertura do Museu






Jorge de Almeida Monteiro (1908-1983), native artist of Bombarral, began his education at School of Industry and Commerce of Caldas da Rainha. In 1938 he married Atalanta Judícibus, daughter of Evaristo Judícibus, owner of typography located in Bombarral.
arly on, he developed kinship and passion for Nazaré where he built the well-known “Vivenda Atalanta” on the Avenue Vieira Guimarães.
In Autumn of 1951 he brought Júlio Pomar to Nazaré, fellow artist and intellectual of the neo-realistic circle. Jorge de Almeida Monteiro devoted himself mainly to ceramics and hammered copper. He also created remarkable works in printmaking, using black stains to give shape to the fishermen and scenery of Nazaré.
Jorge de Almeida Monteiro also developed a special fondness for archaeology and played an important role in the creation and organisation of the museum in Nazaré.
He was a member of Group of Friends of the Dr. Joaquim Manso Museum and participated in initial activities, namely in archeological works at S. Gião and Torre de D. Framondo.
He is represented in the collection of this Museum with a copper engraving depicting equipment used by fishermen.
This exhibition shows for the first time in Nazaré the work of Jorge de Almeida Monteiro from the collection of the Municipal Museum of Bombarral, partner of this project.

(translated by Nina Pavlosky, volunteer)





Feira Solidária na Páscoa


DE 29 A 31 DE MARÇO NA REDE MUSEUS NO CENTRO/DRCC
 

Feira Solidária a favor

da Cáritas Diocesana

Livros de cultura e arte e música de qualidade

Qual o papel da Cultura em tempos de crise?
Atenta à realidade social, a Direção Regional de Cultura do Centro vai promover uma feira solidária, em prol dos mais carenciados, no período da Páscoa.
Entre Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa (de 29 a 31 de março) edições de qualidade, livros de cultura e de arte, música, CD, vão estar acessíveis ao público em troca de um contributo solidário (a partir de "2 amêndoas") a ser integralmente doado à Caritas Diocesana de cada região.
Esta iniciativa solidária vai decorrer em cada um dos serviços que integram a nova rede DRCC – Museus no Centro: Museu de Aveiro, Museu da Guarda, Museu José Malhoa e Museu da Cerâmica (Caldas da Rainha), Museu Dr. Joaquim Manso (Nazaré), Museu Francisco Tavares Proença (Castelo Branco) e o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Coimbra).
A DRCC, implementando uma nova dinâmica na política cultural, está a operar uma mudança nestes serviços no sentido de maior aproximação aos cidadãos e identidade geográfica, com exposições renovadas, programação transregional, horários alargados, lojas atraentes e com mais oferta, serviços pedagógicos, projetos de inclusão, abrindo-os também a esta nova forma de contribuir para a sociedade civil, em tempos de crise.
Desta forma pretende reforçar o sentido de aproximação e serviço dos museus à população local, ultrapassando o papel exclusivo de exposição de acervos.
Com esta iniciativa a DRCC pretende, por conseguinte, potenciar a dimensão social da Cultura ao colaborar diretamente no melhor interesse das populações, através de uma instituição de méritos reconhecidos.
Para além desta iniciativa, os Museus da DRCC irão implementar várias ações de caráter diversificado, com destaque para oficinas temáticas e a abertura ao público no Domingo de Páscoa.
Visite a Nazaré nesta Páscoa, participe nas várias iniciativas que decorrerão a nível local e, depois de subir ao Sítio e contemplar a magnífica paisagem sobre a Praia, visite o Museu Dr. Joaquim Manso, entre as 10h e as 17h30, sem interrupção à hora de almoço, incluindo o Domingo de Páscoa!

Como se veste a Nazaré? A tradição hoje















O Museu Dr. Joaquim Manso está a desenvolver um projeto de registo e identificação das caraterísticas atuais do considerado traje tradicional da Nazaré, que permanece em uso no quotidiano pela mulher e, por isso, se vai adaptando aos ditames da moda, dos novos tecidos e materiais. 

Detentor de considerável coleção sobre o traje tradicional da Nazaré desde o princípio do século XX, com esta iniciativa do âmbito do inventário do património imaterial, o Museu pretende verificar as suas permanências, resistências e alterações no início do século XXI, reconhecendo que esta será porventura a última geração a utilizá-lo no seu quotidiano, atendendo às mudanças socioeconómicas da região e do país. 

Para o efeito, conta com a colaboração da antropóloga Tatjana Stefanović, voluntária de nacionalidade sérvia que se encontra na Nazaré num programa europeu de voluntariado, a desenvolver atividade na CERCINA – CERCINA – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Nazaré e, semanalmente, colabora ainda com o Museu Dr. Joaquim Manso neste projeto de relação com a comunidade local sobre os usos do traje no quotidiano.

Já tiveram início as entrevistas, juntando-se ao projeto as duas técnicas do Museu Manuela Conde e Deolinda Anastácio e a voluntária Nina Pavlosky.

Ao longo do ano, iremos dando conta do desenvolvimento deste projeto, que pretende aproximar o Museu da comunidade, ao mesmo tempo que o afirma como mediador entre a memória (e as suas produções) e os desafios da contemporaneidade.